Não conheço ninguém que se pudesse não chamaria um local como o Greenwich Village de lar, um pequeno oásis na vastidão selvagem de arranha-céus da cativante Nova Iorque, com charmosos cafés e restaurantes, o Village, como é chamado pelos novaiorquinos, é um bairro que exala arte, em todos os sentidos, desde pintores até comediantes moram no Village.
Além de artistas o Village abriga estudantes, é visitado por boêmios além de ser um tanto atraente a comunidade gay local. Claro que morar um bairro como esse demanda certo poder aquisitivo, sendo habitado principalmente pela classe-média alta da cidade; entretanto esse cenário era bem diferente lá em idos de 1950, ou se quisermos retroceder um pouco mais, por volta da metade do século XIX, quando o Village passou a atrair escritores, intelectuais, músicos e poetas.
Esse bairro e suas noites de boêmia são resultados de um pequeno povoado de imigrantes e uma destilaria clandestina de cerveja que não passava de um porão esfumaçado pelos cigarros acesos por aqueles que buscavam um pouco mais de liberdade, liberdade para criar, para viver e conviver, um local onde uma contracultura a repressiva e totalitária sociedade norte-americana começou a florescer.
Entre a lista de ilustres que viveram no Village posso citar:
- O escritor Edgar Allan Poe (durante sua estada lá ele escreveu "The Fall of the House of Usher");
- O escritor Mark Twain;
- O escritor Jack London;
- A escritora Emma Golden;
- O escritor Upton Sinclair;
- O dramaturgo e ganhador do Nobel de Literatura de 1936 Eugene O'Neill;
- O dadaísta franco-americano Marcel Duchamp;
- A dançarina Isadora Duncan.
Geovanna Favilla