Dia da Saudade

A palavra Saudade tem sua origem em uma língua indo-europeia o Latim (Solitate), e em seu significado literal é descrita como uma recordação nostálgica de algo ou alguém que estão distantes, ou até mesmo de coisas passadas. Essa definição, embora muito objetiva e clara, por vezes pode não captar toda a essência de um dos sentimentos que mais mexe com o ser humano, e no dia 30 de Janeiro apesar de a maioria de nós não possuir o conhecimento desse fato comemora-se o Dia da Saudade.

Muitos artistas utilizam esse sentimento como inspiração,seja em suas letras de músicas, em suas poesias ou em pequenas frases, sempre tentando chegar o mais próximo de uma explicação para o que sentem ou o que sentiram algum dia, e se aproximar também e principalmente daquilo que todos nós imaginamos ser saudade. 

"Saudade

Saudade é solidão acompanhada, 
é quando o amor ainda não foi embora, 
mas o amado já... 

Saudade é amar um passado que ainda não passou, 
é recusar um presente que nos machuca, 
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais... 

Saudade é o inferno dos que perderam, 
é a dor dos que ficaram para trás, 
é o gosto de morte na boca dos que continuam... 

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade: 
aquela que nunca amou. 

E esse é o maior dos sofrimentos: 
não ter por quem sentir saudades, 
passar pela vida e não viver. 

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido."
                                          Pablo Neruda

"Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais..."
   Vinícius de Moraes


"Definições

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue..."
                                                                                                     Adriana Falcão


Depois de muitas definições e explicações gostaria apenas de fazer mais uma única coisa nessa postagem, dedicar o próximo poema aos meus amigos Geovanna, Katherine, Nicolly, Larissa, e Guilherme, quero que saibam que sinto saudade de vocês, dos momentos que passamos juntos, de todas as nossas risadas, mas principalmente  quero que saibam que eu amo vocês.


"Saudade 
Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...

Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...

Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...

Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...

Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!

Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!

Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!

Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...

Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!

Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,

Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.

Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.

Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.

Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência..."
                                Clarice Lispector

Ana Ferraz

Mitos e Lendas - Bruxas

As bruxas dentro do imaginário popular são caracterizadas como velhas loucas com a face deformada, nariz longo e curvo, cheia de verrugas, corcunda e com uma vassoura entre as pernas voando pelo céu noturno.Muito dessa imagem nós devemos aos padres que trabalhavam durante a época da segunda inquisição (século XIV e XV respectivamente), a época da famosa "Caça as Bruxas" , um dos períodos obscuros da humanidade, onde centenas de milhares de mulheres foram caçadas, presas, violentadas, julgadas por perseguidores implacáveis e cruelmente mortas logo em seguida.


Na época, qualquer mulher que conhecesse algo sobre ervas curativas, cuidasse dessas ervas, venerasse algum dos deuses considerados "pagãos" ou tivesse envolvimento com alguma pessoa que possuísse uma dessas características era considerada bruxa, e presa pela inquisição.
A Inquisição utilizava Malleus Maleficarum, que servia como um manual para que os inquisidores conseguissem identificar as supostas bruxas, além de conseguir identificar os crimes que elas supostamente tivessem cometido e condena-las "legalmente".Ele também ia além, e ensinava como se deveria torturar tais pessoas, para que confessassem seus pecados e listava as formalidades para a eventual execução dos condenados.O livro também afirmava que as mulheres deveriam ser as mais visadas pois sua natureza as impulsionava a cometer bruxaria.
Entre os que poderiam ser acusados de bruxaria estavam: 
-Aqueles que eram acusados por várias pessoas de ser um Bruxo;
-Pessoas que um bruxo condenado afirmasse que fossem bruxos
-Familiares de um acusado;
-Servos do acusado;
-Amigos e vizinhos de um acusado;
-Aqueles que possuíssem a suposta marca do Diabo.
A tortura sofrida pelos condenados era requintada com os mais cruéis métodos, por uso de instrumentos que estiravam a pele, esfolavam os acusados, mutilando e matando um por um.
Dentro da literatura, a imagem das bruxas diverge muito, sendo por vezes retratadas como seres cruéis, enviados das trevas, monstros nefastos que se alimentam de sangue e carne de criancinhas, ou como belas e sedutoras mulheres, extremamente inteligentes, dominadoras de elementos, criaturas elevadas espiritualmente que vivem em mundos medievais (como em As Brumas de Avalon) ou atualmente, só que escondidos dos seres humanos (Como em Harry Potter). 



Mitos e Lendas - Wargs

Os Wargs  são alguns dos personagens de "As Crônicas de Gelo e Fogo", entretanto tais criaturas não são exclusivas destes livros.Os Wargs já foram citados por J.R.R.Tolkien em seus livros como também são citados na mitologia nórdica como sendo lobos demoníacos e com traços de maldade em seu ser.

Os Wargs em  As Crônicas de Gelo e Fogo são humanos que tem a capacidade de criar um elo espiritual e mental com um lobo, são uma espécie de "Lobisomem ", eles transferem sua alma, e "deslizam"  para o corpo do animal, passando a controla-lo e além disso passam a sentir como o animal.
 Na língua norueguesa antiga, vargr é um termo para o lobo (em inglês) "wolf" (ulfr) essas duas palavras são a origem do termo warg. Dentro da mitologia nórdica o termo Warg é usado essencialmente para denominar três lobos demoníacos chamados: Fenris, Skoll e Hati. Baseado nessa crença Tolkien passa a denominar em seus livros os Wargs como uma raça de lobos particularmente ameaçadora, sendo que em seus livros os Orcs são capazes de montar em Wargs para lutar.
Já nos livros de George R.R.Martin como foi citado anteriormente é um ser humano com a capacidade de se conectar a um lobo, criando assim um vinculo entre as duas almas, mas esse vinculo só pode ser criado caso humano e animal tenham algum vinculo sentimental (como acontece com Bran Stark e seu lobo Verão),  homem e lobo passam a ter mudanças de personalidade, sendo perigoso para o warg que o gosto pela vida como lobo faça com que ele se esqueça de seu corpo humano.Um warg ao longo de sua vida pode morrer inúmeras vezes na pele de seus lobos, sendo todas elas extremamente dolorosas para ele, já quando o warg morre ele passa a viver algo que chamam de "segunda vida" na pele de seu animal, mas a segunda vida é algo temporário, pois com o tempo a mente e a memória do warg se esvanece e aquele que antes era parte homem torna-se completamente fera. Mas o espirito do warg não se vai, ele permanece, como uma sombra na alma da fera.
Nos livros da série se diz que apenas um entre mil humanos é um warg, sendo que a maior parte deles vive no Norte dos sete reinos ou além da muralha, onde os antigos deuses são ainda cultuados e o sangue dos primeiros homens ainda existe.






Os Verdadeiros Contos de Fadas - João e Maria



Na versão largamente conhecida de João e Maria, ouvimos sobre duas crianças que se perdem na floresta e encontram uma casa feita de doces e guloseimas que pertence a uma bruxa. Elas então são aprisionadas enquanto a bruxa se prepara para comê-las. Eles conseguem escapar e atiram-na no fogo, salvando-se.
Numa versão francesa mais antiga (chamada As Crianças Perdidas), ao invés de uma bruxa, há um demônio, que também é enganado pelas crianças. Contudo, ele não cai na cilada e está prestes a colocá-los na guilhotina. As crianças fingem não saberem como entrar no instrumento e pedem para a esposa do demônio mostrar como se faz. Nesse momento, elas cortam seu pescoço e fogem.

A lenda de Conde Dracula

Conde Vlad Tsepesh Aka Dracula, Conde Dracula (cuja pronúncia correta é Dracúla), ou mesmo Vlad O Empalador, foi um príncipe nascido na Transilvânia no ano de 1431 na cidade de Sighisoara, ou Schassburg. Seu pai era Vlad Dracul membro da Ordem do Dragão, isso significava que possuía um pacto de ódio e luta eternos contra os turcos. O nome Dracul signaficava "Dragão" ou "Demônio", e se tornou o símbolo de seu pai pois ele utilizava imagens de dragões em suas moedas.

Quando completou treze anos, Dracula foi capturado pelos turcos, que o ensinaram a arte da tortura e empalamento de pessoas. Mais tarde em seu reinado em  Wallachia, que teve início em 1456 e fim em 1462, que Dracula teve a chance de exercitar todos os cruéis ensinamentos. Nessa época surgiram a maioria das histórias, uma das mais conhecidas diz que um dia Dracula viu um homem caminhando sujo, maltrapilho, realmente imundo, fez com que o homem parasse e perguntou se ele possuía uma esposa, o homem mesmo estranhando a situação respondeu que sim, Dracula ao ver a mulher revoltou-se pois constatou que a jovem era muito saudável e forte, assim concluindo que ela era preguiçosa. Como castigo Dracula cortou fora suas mãos e empalou seu corpo cruelmente, após aplicado o castigo, procurou uma nova esposa para o homem e como aviso mostrou-lhe o corpo sem vida de sua predecessora.
Tsepesh, o segundo nome de Dracula significava "empalador", era chamado assim justamente por sua tendência a prática de empalamentos como forma de punir os inimigos. Para executar a vítima Dracula as amarrava em um cavalo, e as empurrava em direção a estacas polidas e besuntadas com óleo, de forma que a morte não era instantânea.
Punições mais bárbaras e truculentas foram praticadas por esse Conde. Mulheres infiéis e promíscuas foram punidas tendo seus órgãos sexuais cortados e sua pele arrancada da carne enquanto ainda estavam vivas, as moças eram penduradas ao lado de sua própria pele para que o público pudesse testemunhar atos de tamanha frieza. As execuções em massa eram muito apreciadas por Conde Dracula, onde as vítimas eram empaladas e içadas em estacas de madeira, e o peso de seu corpo fazia com que descesse lenta e dolorosamente, destruindo seus órgãos internos.
O castelo de Dracula fica ao norte de Wallachia, na cidade de Tirgosvite. Vlad Tsepesh aka Dracula morreu no ano de 1476. Algumas histórias contam que sua vida teve fim uma batalha, onde lutava disfarçado de turco. Como a vitória estava próxima, ele correu para o alto de um penhasco para apreciar tudo, mas foi confundindo com um turco e morto por seus próprios homens.
É fácil perceber o motivo que levou Bram Stoker a procurar inspiração na vida de Conde Dracula para a criação do romance gótico de mesmo nome ("Drácula"), onde o protagonista era um vampiro. Embora não fosse um vampiro, a crueldade de Vlad O Empalador alimentava o imaginário popular fazendo com que sua imagem fosse anexada à fama vampiresca.

Moeda de Conde Dracula mostra um Dragão na face.

Conde Vlad  Tsepesh Aka Dracula
                               

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